Alguém aí se lembra das previsões de 30 anos atrás para o ano 2000? difícil, né? vou me explicar:
Até as menos otimistas antecipavam que, com o avanço da tecnologia, máquinas fariam grande parte do nosso trabalho, o que resultaria em uma jornada de trabalho reduzida, mais tempo de lazer e seres humanos mais felizes. Preciso comentar?
A tecnologia avançou, e máquinas fazem grande parte do nosso trabalho, mas uma parte da apedrejada teoria Marxista não poderia ter acertado mais: não importa o quanto produzamos, sempre será pouco, e quem fizer mais em menos tempo ganha o direito de destruir quem ficou "para trás". Mais valia, mais vale, e mais valerá.
Na outra ponta, temos os desajustados. Vou tomar como exemplo os indígenas que são obrigados a inserir-se nessa nossa (i)lógica de mercado. Eles servem de mão-de-obra no Norte do País, e assim que acaba uma temporada de colheita, por exemplo, passam semanas bebendo cachaça e dormindo em redes. Não se preocupam em procurar trabalho para o dia de amanhã enquanto tiverem uns trocados no bolso (sim, bolso, porque esse negócio de índio nu virou lenda).
Vamos ao julgamento? em vez de maldizer os "preguiçosos", deveríamos rir da nossa incompetência para aproveitar qualquer momento, da maneira que nos agradar. Cavamos com mãos, pás, escavadeiras e explosivos, sem parar nem perguntar para quê.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
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